Portugal é ainda um país que possui uma rica diversidade de espécies animais. No entanto, grande parte delas encontra-se ameaçada essencialmente pela perda de habitat que permita a sua sobrevivência.
Mesmo os nossos parques naturais, que supostamente teriam condições necessárias para as diferentes espécies animais realizarem as suas funções vitais, estão depauperados em termos de biodiversidade.
Mesmo os nossos parques naturais, que supostamente teriam condições necessárias para as diferentes espécies animais realizarem as suas funções vitais, estão depauperados em termos de biodiversidade.
Surpreende-me que não haja mais acções que permitam o reaparecimento de algumas espécies no nosso país, essencialmente nas nossas áreas protegidas, de forma a que o número e a diversidade de fauna seja incrementada.
Julgo que até agora, o único caso de reintrodução de espécies animais numa área protegida deu-se quando se procedeu à reprodução e posterior libertação de exemplares de Caimão-comum (Porphyrio porphyrio) nos Pauis do baixo Mondego, no início de 1999. O caimão-comum é uma ave da família dos ralídeos e possui um bico e escudete frontal vermelhos e patas rosadas e a sua plumagem é azul com reflexos metálicos.

Para além desta espécie, mais nenhuma teve a honra de ser escolhida para um programa de reintrodução. O reaparecimento recente no nosso país de uma espécie de grande porte: a Cabra-montês (Capra pyrenaica victoriae) no Parque Nacional da Peneda-Gerês, deveu-se a introduções levadas a cabo pelos nossos vizinhos espanhóis, e é graças a esta e a outras reintroduções do lado de lá da fronteira que muitas espécies reaparecem no nosso território, expandindo-se de seguida, caso encontrem condições para tal.
Mas o que fazemos nós para garantir que as nossas espécies que ainda lutam para sobreviver não desapareçam totalmente? Bem...aparentemente nada!
Na minha singela opinião quando uma espécie começa a crescer em termos populacionais (coisa que ainda é rara), devemos tentar recolocar os excedentes em zonas onde já desapareceram. Muitas vezes, a solução encontrada passa única e exclusivamente pelo abate dos animais em excesso! Não digo que a caça não desempenhe um papel de relevo na economia e na tentativa de preservação de espécies (afinal algumas das espécies de caça começam a regressar às zonas de caça associativa devido à vontade dos caçadores), mas a verdade é que um animal vivo poderá valer bem mais do que um abatido, isto porque a caça fotográfica gera rendimentos a longo prazo. Um animal pode ser "caçado" através da máquina fotográfica várias vezes ao longo da sua vida.
E é exactamente nesta área que ainda falhamos: o turismo ambiental com safaris fotográficos pode ser uma fonte de rendimento para as populações que se encontram inseridas ou perto das áreas protegidas! Porque não incrementar o número de espécies, de forma a que os ecossistemas sejam sarados das agressões e extinções a que têm vindo a ser alvo?
Seria interessante e compensador pensar que o Veado (Cervus elaphus) pudesse deambular pelo nosso único Parque Nacional, ou que as Águias-pesqueiras (Pandion haliaetus) voltassem a nidificar e alimentar a sua prole nos rochedos do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Temos de garantir que as gerações futuras possam usufruir sustentadamente da diversidade que existe. Necessitamos é de começar por algum lado!
3 comments:
Eu queria dar uma sugestao de post, mas não consegui encontrar seu e-mail no blog então vou
postar aqui mesmo :) Eu achei uma lista dos 10 vídeos mais incríveis com experiências químicas
e gostaria que vc desse uma olhada e talvez postasse no blog pra galera discutir. Vale a pena ver
Toma aí o link: http://www.weshow.com/top10/pt/ciencias-humanas-e-naturais/top-10-videos-fantasticos-e-incriveis-de-experiencias-quimicas
Parabéns pelo blog! Continue assim :)
Muito bom site. Graças aos esforços do passado.
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