Tudo indica que grande parte corresponde à primeira hipótese, isto porque hoje em dia são bem visíveis, na paisagem, os problemas causados por algumas espécies, como por exemplo as acácias (Acacia ssp.) e o chorão (Carpobrotus edulis) , no grupo das plantas ou, no caso dos animais, o lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii), entre outras. Conseguiram-se adaptar de tal modo ao novo ambiente que se tornaram invasoras, competindo com as espécies nativas e, nalguns casos, ameaçando-as de desaparecimento.

No entanto, existem algumas espécies exóticas que não possuem um carácter invasivo que as espécies acima citadas, como por exemplo as tílias (Tilia ssp.), nas plantas, ou o camaleão (Chamaeleo chamaeleon), no caso dos animais. Estas espécies estão adaptadas ao novo ambiente mas poderão ser consideradas como um incremento à biodiversidade nacional, não havendo quaisquer dados que sejam espécies que coloquem em risco as autóctones.
Como devemos então encarar esta dicotomia em relação às espécies exóticas? Suponho que o melhor a fazer é prevenir, ou seja, aplicar o princípio da precaução. Embora existam (poucas) espécies que se adaptaram sem causar qualquer tipo de impacto, é necessário que se evite introduções de espécies exóticas. Por todo o globo podemos constatar que uma acção que se julga benéfica ou interessante pode tornar-se catastrófica.
Temos pois de olhar para as nossas acções actuais e questionarmo-nos do seguinte: queremos ser espécies nefastas ou benignas?
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