O visão-americano é uma espécie oriunda da América do Norte e do Canadá. Daí foi introduzida em muitos outros locais do planeta, com especial destaque na Europa e Ásia, onde tem sido criada em cativeiro para a produção de peles. Muitos destes animais cativos conseguiram escapar e em alguns locais conseguiram mesmo estabelecer populações estáveis. Nos últimos tempos, activistas dos direitos dos animais têm retirado estes animais do seu cativeiro e libertado os mesmos na natureza. É verdade que a criação de animais selvagens em quintas é um acto de pura e vil crueldade, mas a solução não passa por libertar animais estranhos a um determinado meio.



Sendo uma espécie invasora e com uma grande capacidade de adaptação, ela poderá competir eficazmente e mesmo substituir, espécies com quem co-habita. Pensa-se que em alguns locais da Europa, esteja a ter um efeito nefasto sobre a fauna nativa, nomeadamente sobre o visão-europeu (Mustela lutreola), a lontra (Lutra lutra), o toirão (Mustela putorius), o rato-de-água (Arvicola sapidus) e a galinha de água (Gallinula chloropus).
A competição dá-se sobretudo pela aquisição de recursos alimentares e território, essenciais para a normal reprodução e subsistência da espécie cujos habitats foram invadidos pelo visão-americano.
Faltam, portanto, estudos que permitam descobrir qual a situação do visão em Portugal em termos de dispersão e efectivos populacionais e quais as consequências directas no meio onde se estabeleceu. Deve-se preservar a biodiversidade que existe no nosso país e para tal não se deve comprometer a mesma com introduções nefastas.
Fontes:
carnivora.fc.ul.pt
www.naturlink.pt
www.quercus.pt